sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

It's all about the looks - um PATO BRAVO

Já que estamos em maré de zoologia, em conversa hoje com uns amigos, falou-se em alguém que é um dos tais "Pato Bravo"... Mas já alguém pensou afinal naquilo que caracteriza uma ave destas, que não é assim tão rara quanto isso, pelo menos em Portugal?


Para um "Pato Bravo", it's all about the looks...


- O carro/a máquina: tem de ser uma marca italiana, algo agressivo, ou então um Seat, para os mais pobres... tem de ter qualquer coisa quitada, ou pelo menos umas jantinhas especiais, não pode ser um mero utilitário, porque isso não iria dar nas vistas. Nota: as chaves do carro também são importantes, e é código de conduta colocá-las em cima das mesas das esplanadas com a parte da marca do carro bem visível... just in case!




- O telemóvel: o último grito: AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH tem de ser NOKIA. A NOKIA dá status. Já viram algum garanhão puxar de um modelo de marca worten???, é que isso, não dá nas vistas


- O relógio: o relógio bem... esse tem de ser acebolado, altamente desportivo (mesmo que não levente um peso há anos), mas também pode ser daqueles quadrados cheios de artifícios. O relógio dos patos é arrojado e "prá frentex", e acima de tudo: tem que dar nas vistas...


- A indumentária: tudo do bom e do melhor. As calcinhas de ganga bem ajeitadinhas ao rabiosque são um must... normalmente porque até combinam com um cintinho porreiro, e com um pólo daqueles daquela marca... que está na moda (não interessa qual), só tem que dar nas vistas...


- Os óculos de sol: um amigo destes, todas as estações compra religiosamente o seu par de óculos, (é como ir à missa no domingo, só que menos vezes no ano). É que, se numa estação se usam mais para o quadrado e a na outra mais para o quadradinho... como é que se pode sobreviver com uns óculos old fashion? E quando maior for a marca do lado das armações, melhor, porque.......... dá mais nas vistas


- O andar: o andar tem que ser à gajo! Ombros para trás, mas ao mesmo tempo tem que haver um certo swing denunciador de um certo malabarismo sensual... acima de tudo, tem que ser diferenciador quando se entra em qualquer tipo de ajuntamento, porque....estes gajos...., adoram dar nas vistas!


- Qualquer patinho gosta a valer de três coisas: primeiro dele próprio, depois, se houver espaço para mais no seu coraçãozinho, e só nesse caso, da sua mamã (que é uma santa e nunca teve sexo), e depois do seu cluble do coração.


- Por último, este Johnny Bravos do mundo português, gostam de ter uma daquelas namoradas, com um ar inferior ao deles (para não poderem ser ofuscados), mas ao mesmo tempo capazes de deixar as plateias de treinadores de bancada incendiadas de inveja... eles gostam de passear "as damas" pela trela, principalmente, aquelas que dão..... nas vistas...


- Relativamente à forma de sentir, ser, pensar, convicções políticas, religiosas, essas coisas chatas que o comum dos mortais tem lá dentro bem dentro, é difícil dizer... alguma pista? É que isso... isso não interessa, nem dá nas vistas....


Bons voos!



6 comentários:

Pedro Lourenço disse...

Zézé Camarinha: o protótipo do "Wild Duck".

Pedro Lourenço disse...

Estou de volta, pois algo ficou a fazer-me comichão na cabeça. Primeiro pensei que fosse um surto de piolhos, mas não. Depois pensei que fosse caspa, mas eu uso Head & Shoulders. Estava já eu com duas canetas a cutucar o curo cabeludo, quando percebi o que era...

E o que era? Era uma dúvida existencial. Era isso... (Digam lá que não tenho capacidade de "engonhanço"...)

Cá vai então o remate forte e colocado: não existem patas bravas? Desencalhem lá um artigo sobre isso...

P.S.
Já viram que o vosso blog podia ter-se chamado Tolan? Quem não se lembra desse mítico petroleiro que encalhou no Tejo e que era mote para passeios de família ao Domingo à tarde...

Sorvete de Framboesas disse...

Epa...no meu tempo um Pato Bravo não era nada disto (e olha que o meu tempo ainda não passou...aahahah).

Para mim um Pato Bravo era um homem normalmente "empresário" (vulgo vigarista) que tinha um mercedes à construtor, uma barriga proeminente, gostava de "ir às meninas", de pôr a mãozinha nas pernas das colaboradoras e de ter conversas "picantes" com mulheres com idade para serem filhas deles.

Face a isto, essa tua descrição até me faz quase, repara quase, ansiar por Pato Bravo dos tempos modernos! :)

JonyFingers disse...

Esta descrição parece mais a de "betinho"...

ou é apenas uma evolução?...

Assim sendo ainda se enquadram na descrição aqueles que se tratam por você, tios, tias, primos e primas.

Anónimo disse...

Esses são um caso separado Jonny... os tios acham-se radicais só porque usam as camisas abertas até ao peito com um fiozinho quando vão àquelas festas de praia... e na verdade são uns belos totós...

Charroque da Prrofundurra disse...

Para mim um Pato Bravo é um gajo da classe média que gosta de andar de fato de treino ao fim de semana e bolsinha a tira colo, a versão feminina é com saltos enfiados! Ficam tão lindo de fatos de treino brilhantes.